sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Guantánamo: um quinto suspeito de regressar ao terror

Um relatório do Pentágono indica que cerca de um em cada cinco dos detidos que deixaram o centro de detenção de Guantánamo são suspeitos de terem regressado a actividades terroristas.

De acordo com o «New York Times», esta revelação foi feita por responsáveis da administração da Casa Branca, numa altura em que se tem sido noticiado o envolvimento de um antigo detido da prisão norte-americana em Cuba com um ramo da Al-Qaeda no Iémen, que terá patrocinado a tentativa de fazer explodir um avião comercial dos EUA no dia de Natal.

Na terça-feira, o presidente norta-americano, Barack Obama, anunciou a suspensão da transferência de detidos de Guantánamo para o Iémen. Mas deixou claro que não tenciona recuar na promessa eleitoral de encerrar o centro de detenção instalado em Cuba.

Em Maio, um relatório do Pentágono já havia apontado que um em cada sete dos prisioneiros de Guantánamo que foram transferidos para outros países estariam ligados a actividades terroristas.

Contudo, estes dados têm sido contestados por organizações de defesa dos direitos humanos e dos direitos civis, que os descrevem como um acto de propaganda para impedir o encerramento de Guantánamo.

No relatório publicado em Maio era indicado que 74 prisioneiros teriam regressado a actividades suspeitas. Contudo, salienta o «New York Times» apenas 29 foram identificados por nome. Destes, muitos eram apenas descritos como estando associados a terroristas ou a treinar com eles, com muito poucos detalhes adicionais.

O jornal explica ainda que o Pentágono não forneceu qualquer forma de autentificação dos 45 antigos detidos que não foram identificados pelo nome

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